contato@institutoacqua.org.br

Sebrae e Acqua reúnem empreendedores para debater os desafios do mercado de artesanato

15/02/2019

Analista passou dicas e técnicas para auxiliar os empreendedores a aprimorarem gestão do negócio e terem rendimento mais elevado

Um grupo de artesãos do ABC Paulista participou de palestra voltada aos desafios do mercado de artesanato e como se tornar ainda mais competitivo. O evento, promovido pelo Instituto Acqua em parceria com o Sebrae, aconteceu na sede do Instituto em Santo André (SP), na noite da última quinta-feira (14/02).

Com a economia criativa em alta, o aumento de feiras voltadas ao setor e as facilidades do e-commerce, muitas pessoas têm transformado o que era um “passatempo” em profissão. São muitas técnicas e materiais utilizados diariamente pelas mãos dos artesãos, e se tornam objetos de decoração, vestuário, acessórios, entre tantos outros.

O setor de artesanato segue em constante crescimento no país, de acordo com estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este segmento movimenta R$ 50 bilhões por ano.

“O artesão tem o conhecimento pleno das técnicas para transformar diversas matérias primas em produtos belíssimos, porém não tem a expertise da gestão do negócio e por isso muitas vezes não consegue ser competitivo ou ter renda. Desse modo, o Sebrae oferece palestras e cursos para ajudar estes empreendedores a se organizarem e crescerem”, explicou a analista de negócios do Sebrae, Amanda Braida.

Amanda orienta que é necessário realizar pesquisas para se tornar competitivo e conseguir uma renda  para “viver do artesanato”, como conhecer o mercado de atuação, saber quem é o seu público alvo, quais os melhores meios de vender o produto, conhecer as tendências como cores em alta, além de saber fazer a divulgação do seu produto. Porém, para todos o principal entrave ainda é a parte financeira. “Fazer a precificação dos produtos e não misturar com as contas pessoais ainda é um grande desafio. Entender que ele é uma empresa, e se reconhecer como uma é ainda uma das ‘dores’ que podemos ajudá-los a sanar”, afirmou a analista do Sebrae.

 “O mais difícil é nos reconhecermos como empresa e saber gerir o negócio. Busco capacitação para me tornar competitiva e conseguir viver desta renda. Meu marido está desempregado e vi uma oportunidade em fazer bolsas e enfeites de porta para maternidades”, comentou Priscila Felix Jack, 39 anos, artesã que participou da palestra.

Já o escultor Rafael Lucena, 35 anos, atua na área há sete anos e explicou que a gestão do negócio é ainda o principal problema que enfrenta. “Fiz diversas capacitações, mas não em gestão. Percebi que preciso me posicionar como empresa e por isso vim atrás de orientação. A palestra foi esclarecedora e percebi que é apenas isso agora que falta para meu negócio deslanchar. Observei diversos pontos, nunca tinha pensado que faria diferença para me tornar mais competitivo”, declarou.