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Hospitais regionais levam cirurgias de alta complexidade para moradores de 74 municípios do interior do Maranhão

18/05/2018

Unidades em Santa Inês, Pinheiro e Balsas realizam procedimentos cirúrgicos antes oferecidos somente na Capital

A população do interior do Maranhão passou a ser atendida em um dos seus maiores anseios após o Governo do Estado inaugurar três unidades regionais, que também estão sob gestão da parceria entre Instituto Acqua e Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES): contar com atendimento de saúde de qualidade próximo de suas residências e familiares. A realização de cirurgias de alta complexidade em cidades afastadas de São Luís mudou a vida de quem precisava recorrer à Capital maranhense para realizar procedimentos desse nível.

O Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago (Pinheiro), Hospital Macrorregional Tomás Martins (Santa Inês) e Regional de Balsas (Balsas) recebem, por meio de regulação, pacientes de 74 municípios, facilitando o acesso da comunidade à assistência médica e reduzindo a fila de espera dos procedimentos mais demandados.

Entre os diversos casos atendidos nessas unidades, o da pequena Mayla Cristina, de apenas dois meses, foi emblemático. Em outubro de 2017, ela se tornou a primeira paciente do Hospital Macrorregional Tomás Martins a passar por procedimento para tratamento de meningocele occipital, doença congênita do tubo neural, caracterizada pelo surgimento de uma bolsa com parte do tecido cerebral na região posterior da cabeça.

Por se tratar de uma cirurgia especializada, ela era feita em apenas um hospital em São Luís. Composta por cirurgiões e diversos especialistas, a unidade em Santa Inês estava preparada para efetuar a correção mesmo não sendo referência nesse tipo de procedimento. “É uma cirurgia muito difícil de se conseguir na rede pública, além de ter um alto custo se realizada na rede particular. Conseguimos dar o atendimento necessário ao caso graças à qualidade técnica dos profissionais que temos”, destacou Antonio Jorge, diretor-geral do hospital.

Em Balsas, a competência dos profissionais aliada à estrutura da unidade salvou a vida do pequeno Miguel Câmara. A mãe, Anne Evelyn, teve oscilação de pressão arterial, perda de líquido amniótico e diabetes gestacional, o que tornou necessária a retirada do bebê com 33 semanas de vida. O pai, empresário da zona rural, já tinha providenciado um avião particular para levar a esposa à Goiânia para realizar o procedimento. No entanto, após conversar com médicos e direção do Hospital Regional de Balsas, constatou o preparo técnico da equipe para cuidar do parto.

“Me surpreendi com o atendimento, desde a portaria até a equipe multiprofissional. Essa unidade ajuda muitas gestantes que precisam de acompanhamento em partos de risco”, declarou Anne.

Outra experiência exitosa recente foi registrada no Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago. Em março de 2018, a unidade realizou a primeira microcirurgia de grande porte em Pinheiro. Após consultas e tomografia, foi detectado um tumor com aproximadamente 4 cm de diâmetro do lado direito do cérebro de Pedro Alcântara Maia, 67 anos, morador de Cururupu. O sucesso da cirurgia foi atribuído à detecção precoce, qualificação da equipe, estrutura adequada e atendimento em tempo hábil.

Mutirões – As unidades no interior do Estado promovem regularmente, também, mutirões de cirurgias oftalmológicas, pediátricas e eletivas. Cada mutirão atende cerca de 300 pessoas. Após a consulta, havendo indicação cirúrgica, as unidades estão preparadas para atender a demanda.

O Hospital Regional da Baixada Dr. Jackson Lago, de setembro de 2015 até meados de abril de 2018, realizou 8.638 cirurgias e 74.945 consultas. Em Santa Inês, o Macrorregional Tomás Martins, em dois anos, recebeu 5.546 pacientes em seu centro cirúrgico e contabilizou 39.807 atendimentos ambulatoriais. A unidade de Balsas, inaugurada em setembro de 2017, realizou 957 cirurgias.

Excelência em gestão – “Gerenciar os hospitais é um grande desafio, mas os excelentes resultados, somados à satisfação da comunidade, nos motivam. Ao lado da SES, que honra seu compromisso de zelar pela qualidade da saúde pública, é possível promover atendimento de qualidade pelo Sistema Único de Saúde”, concluiu a diretora do Instituto Acqua e coordenadora das unidades no Maranhão, Paula Assis.