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Equipe do Ninar realiza procedimento inédito em crianças com microcefalia na rede pública do Maranhão

23/05/2017

O procedimento de pulsoterapia foi realizado em três crianças com microcefalia atendidas pelo centro de referência

A equipe do Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar), em São Luís (MA), realizou pela primeira vez o procedimento de pulsoterapia em crianças com microcefalia e com epilepsia refratária de difícil controle da rede pública do Maranhão. O Ninar é referência no tratamento especializado e diagnóstico para crianças com microcefalia, hidrocefalia e síndrome de Down.

Nos dias 20 e 21 de maio, três crianças com idades de 1 ano e dois meses a 1 ano e quatro meses, portadoras de microcefalia por síndrome do zika vírus e epilepsia refratária, deram entrada na unidade e logo após os procedimentos iniciais foram internadas para receber tratamento. As intervenções médicas foram realizadas no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, que está sob a gestão do Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), e fica no mesmo complexo do Ninar.

No local, as crianças passaram pelo método de pulsoterapia para a ministração do medicamento. Para este método, a criança é internada e recebe a medicação de forma endovenosa (na veia) durante seis horas.  Após esse período, ela recebe alta hospitalar e no mês seguinte retorna ao hospital para repetir o procedimento.

A realização desse tipo de conduta médica, que tem como principal objetivo neutralizar os efeitos da doença e buscar a estabilização da crise, representa mais um avanço importante no tratamento de crianças com doenças que afetam o neurodesenvolvimento no Maranhão.

A neuropediatra responsável pelo ambulatório de microcefalia do Ninar, Patrícia da Silva Sousa, explicou como é feito o procedimento com a utilização de metilprednisolona. “Esta modalidade de tratamento é utilizada quando nenhum outro método com outras medicações dá certo. Este procedimento é importante, pois mais crianças que tiverem indicação para usar esse protocolo poderão ser beneficiadas”, pontuou.

A médica relatou casos onde crianças deixaram de ter crises de epilepsia por conta do tratamento com a pulsoterapia.