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Casa de Apoio Ninar inova no tratamento de crianças com doenças que afetam o neurodesenvolvimento

18/05/2018

Em 10 meses de funcionamento, unidade realizou acompanhamento multiprofissional de 231 famílias

Inaugurada em julho de 2017, a Casa de Apoio Ninar, com a oferta de atendimento humanizado e multiprofissional, se tornou referência no tratamento de crianças com problemas de desenvolvimento neuropsicomotor, com destaque para o acompanhamento de bebês com Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZv). Até abril deste ano, a unidade realizou 86,8 mil atendimentos e recebeu 231 famílias, tanto da Capital maranhense quanto do interior do Estado.

Gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES), a Casa de Apoio ampliou os horizontes das famílias que precisavam de tratamento especializado para suas crianças. Por meio de oficinas terapêuticas, palestras e diversas ações, a unidade resgata o vínculo dos pais com o bebê ao mesmo tempo em que funciona como um espaço de capacitação de profissionais de saúde de municípios de todo o Estado.

Em quase um ano, a unidade contabilizou 8,8 mil consultas médicas, 28 mil consultas multiprofissionais e 7,6 mil terapias individuais, além de 5,7 mil terapias em grupo e 33,7 mil atendimentos multiprofissionais.

Melhorias – Os avanços mais recentes passam pelo atendimento médico especializado, inovação em técnicas terapêuticas para as famílias e criação do circuito sensorial, liderado por profissionais de terapia ocupacional.

Das conquistas da Casa de Apoio para otimização do atendimento, uma das mais importantes é a realização do exame de retinografia em crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus. O exame, realizado há quatro meses, consiste no registro fotográfico do fundo de olho da criança, no qual são avaliados nervo ótico e retina.

Para fortalecer os laços entre familiares e crianças, a Casa de Apoio desenvolve projetos como a Cozinha Amiga, oficinas de mandala, argila e musicalização, além de eventos alusivos às principais datas comemorativas.

A assistência oferecida e os vínculos que ela promove dão suporte para que os profissionais compreendam a realidade de cada família e, a partir daí, busquem melhorias que proporcionem celeridade no tratamento das crianças.

“Observamos que algumas crianças tinham dificuldades sensoriais. Elas se assustavam com facilidade e percebíamos um déficit visual significativo. Então, para que tivessem condições de aproveitar mais o período que ficavam aqui, dividimos as atividades motoras das sensoriais, apesar de saber que estão interligadas”, explicou a terapeuta ocupacional Valéria Souza.

Paralelo ao tratamento especializado, o local também é um centro de formação continuada. Semanalmente, profissionais de várias áreas vivenciam as atividades e são estimulados a reproduzir em seus municípios as experiências de tratamento diferenciado que aprenderam na Casa de Apoio.