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Capacitação ajuda ex-aluna do projeto Teia Verde a conquistar vaga de emprego

15/03/2018

Moradora de Santo André, Evelyn dos Santos alcançou espaço no Sabina Escola Parque do Conhecimento devido à experiência proporcionada pelo Instituto Acqua

Despertar interesse em cuidar do que é compartilhado. Resgatar sonhos. Revelar talentos e tornar comunidades de baixa renda em protagonistas para uma região mais harmoniosa e livre de negativismos. O projeto Teia Verde, ação do Instituto Acqua com patrocínio da Petrobras, manteve tais características para rearranjar 50 espaços nas comunidades Tamarutaca, Conjunto Prestes Maia e Parque Erasmo Assunção, todas em Santo André (SP). A iniciativa, inédita no Grande ABC, durou dois anos (de junho de 2015 a junho de 2017), mas até hoje apresenta resultados positivos. No total, 200 pessoas capacitadas como agentes de transformação. Uma delas, conseguiu ir além: conscientizou vizinhos para que não jogassem mais entulho nas ruas, fez com que plantassem árvores frutíferas e agora comemora o emprego novo.

Evelyn Suniga dos Santos, 41 anos, é essa personificação de uma cidadã comprometida com o meio em que vive. Inicialmente teve contato com o Teia Verde sendo monitora em sua comunidade, o Conjunto Prestes Maia. Depois, se tornou aluna. Aprendeu técnicas de jardinagem que a alçaram para um nível de consciência que a permitiu chegar ao mercado de trabalho. "Esse curso me ensinou como cuidar melhor das plantas, fazer terrários e elaborar jardins verticais. Além disso, tive contato com vários aspectos que somaram nessa formação, vendo palestras sobre entrevistas de emprego e dicas de formatação curricular", conta.

Cinco meses após ter concluído o curso de capacitação em jardinagem, Evelyn acordou com uma novidade especial. Havia sido contratada para trabalhar no Sabina Escola Parque do Conhecimento, em Santo André. Ela conta que a experiência obtida com as aulas do projeto Teia Verde foi o grande diferencial para a conquista da vaga. "O parque tem várias atividades com crianças, entre elas o jardim sensorial. Me dei bem porque já conhecia o assunto, entendia um pouco sobre plantas e quem trabalha lá percebeu o quanto me dou bem nessa área", enfatizou.

Alinhavando a teia – Locais como associações de bairro, escolas, creches, casas e edifícios, ganharam jardins verticais, vasos com várias espécies de plantas e áreas verdes por meio de oficinas práticas de arranjo floral, kokedama (arranjo de planta feito de musgo), bola-semente (usadas para semear flores, frutas e outras plantas) e painel verde, entre outras.

O projeto proporcionou aos moradores das regiões acesso gratuito a um curso de jardinagem e paisagismo, com aulas ministradas três vezes por semana dentro das associações de bairro das três comunidades. As seis turmas participaram de aproximadamente 900 horas de aulas teóricas, palestras, visitas técnicas e atividades práticas.

Para Ronaldo Querodia, diretor-presidente do Instituto Acqua, o papel transformador da iniciativa soma a enredos vistos em demais ações aplicadas que trouxeram orgulho para a instituição e os colaboradores. “É uma grande alegria saber que personagens tiveram essa transformação, como tantos outros em projetos distintos aplicados por nós. O Teia Verde foi motivo de orgulho diante não apenas do olhar das comunidades envolvidas para a importância de modificar os bairros, mas sim pela mudança que plantou em cada pessoa que acreditou no projeto”, destacou Ronaldo Querodia, diretor-presidente do Instituto Acqua.